quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

General Braga Netto descarta a ocupação permanente de favelas do Rio de janeiro durante a intervenção federal


Por: Redação OD

O Exército brasileiro, encarregado da Intervenção Federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, descartou a ocupação permanente de favelas, explicou nesta última terça-feira (27) o General de Exército Walter Souza Braga Netto (...) "Não existe planejamento de ações permanentes para as comunidades", afirmou o general durante a coletiva de imprensa, na qual onde ele, não entrou em maiores detalhes sobre as medidas que poderão vir a serem tomadas para conter a onda de violência no Rio. Nas favelas moram mais de 1,5 milhão de pessoas, cerca de 25% da população, e algumas já estiveram ocupadas pelo Exército, como o complexo da Maré, uma das mais violentas, ocupadas entre abril de 2014 e maio de 2015. 


Várias ONGs, como a Anistia Internacional, denunciaram grave violações aos direitos humanos durante essas operações. Em julho passado, o governo brasileiro enviou 8.500 militares ao Rio para dar apoio logístico e bloquear os acessos às favelas, onde a Polícia realiza revistas em busca de traficantes, armas e drogas. Mas esse apoio não freou a onda de criminalidade, e o presidente Michel Temer decretou, em 16 de fevereiro, a intervenção da área segurança do Rio, sob comando das Forças Armadas. "Nossa missão é recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade no Estado do Rio de Janeiro", afirmou o general Braga Netto.

Mas o militar, que já esteve encarregado do dispositivo de segurança dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, se absteve de indicar os procedimentos avaliados para alcançar esses objetivos, alegando que a primeira medida concreta será "formar o gabinete" que o apoie em sua gestão. Temer criou na segunda-feira o Ministério da Segurança Pública para coordenar a luta contra o crime organizado em escala nacional, em um país onde os principais corpos policiais estão sob a autoridade de cada estado. 
Remoção de obstáculos em vias públicas no interior da comunidade da Vila Aliança/RJ.  #BraçoForte  1º Batalhão de Engenharia de Combate, Rio de Janeiro/RJ.

"Quando você centraliza e unifica o comando, a tendência é que isso agilize o trabalho de inteligência. O que deverá ocorrer agora é uma maior agilidade", explicou Braga Netto, ao se referir às possíveis vantagens de uma força - no caso do Rio, os militares- que unifiquem as operações. "O Rio de Janeiro é um laboratório para o Brasil. Se será difundido o que está sendo feito aqui para o Brasil, aí já não cabe a mim responder", concluiu o interventor militar.

*Com Informações da Agência de Noticia Internacional AFP

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