sexta-feira, 2 de junho de 2017

Há 50 anos começava a Guerra dos "Seis Dias"


Por: Redação OD
Em 5 de junho de 1967 começava a “Guerra dos Seis Dias”, quando as Forças Armadas israelenses conseguiram uma grande vitória contra os exércitos do Egito, da Síria e Jordânia.Israel assegurou a vitória quase no primeiro dia da guerra ao destruir em poucas horas quase todos os aviões de combate egípcios.

Estopim do conflito
Às 07h24 hora local, um flash de Tel Aviv anuncia que naquela manhã os egípcios atacaram Israel pelo sul com tanques e aviões. Minutos mais tarde, um comunicado oficial israelense fala de violentos combates e que as forças israelenses teriam contra-atacado. As sirenes soam em Tel Aviv e é lançado o alerta em outras cidades do país. Atualmente, a maioria dos historiadores consideram que na realidade a aviação israelense iniciou os combates ao bombardear as bases aéreas egípcias.

Às 08:12h, a rádio do Cairo interrompe sua programação para anunciar: “as forças israelenses iniciaram essa manhã uma agressão contra nós. Realizaram bombardeios aéreos no Cairo e nossos aviões enfrentaram os aviões inimigos”. Começam a se ouvir explosões no Cairo, onde também soam as sirenes.
Mobilização e estado de emergência
Israel mobiliza seus reservistas e requisita veículos, enquanto os blindados israelenses avançam para o sul e rompem as linhas egípcias até o Sinai. No Cairo, os aeroportos civis fecham e é declarado estado de emergência em todo o território egípcio. Na Síria, que mobiliza a defesa civil, a Rádio Damasco interrompe bruscamente sua programação para anunciar que Israel atacou o Egito.

Síria e Jordânia entram em guerra
Pouco depois das 10h00, a Síria anuncia que sua aviação começou a bombardear as posições israelenses. Ao mesmo tempo, a Jordânia impõe a lei marcial, coloca suas Forças Armadas sob comando egípcio e declara guerra a Israel à tarde. Kuwait, Sudão e Iraque entram na guerra, seguidos por Argélia e Iêmen, e finalmente pela Arábia Saudita.
Em Jerusalém começam os combates nas ruas entre os bairros jordanianos e israelenses. Logo as hostilidades se estendem para as fronteiras de Israel com a Jordânia e Síria. Na frente jordaniana-israelense começam fortes combates já nas primeiras horas. A aviação síria realiza vários bombardeios em Israel, especialmente contra Haifa, enquanto a aviação israelense ataca várias vezes o aeroporto de Damasco.

O mundo comovido 
Tanto no Egito quanto em Israel, ninguém duvida da vitória. Nos países árabes, onde a maioria dos comunicados são vitoriosos, reina o entusiasmo. Mas no resto do mundo há preocupação. O Papa Paulo VI pede que Jerusalém seja declarada “cidade aberta”. O Conselho de Segurança da ONU é convocado de emergência e o presidente norte-americano Lyndon B. Johnson pede a todos os beligerantes que ajudem a facilitar o cessar-fogo.
Israel toma Khan Yunis 
Ao tomar o controle da localidade de Khan Yunis, na zona de Gaza, as tropas israelenses neutralizam de uma vez todas as forças egípcias e palestinas nessa área, como escreveu naquela noite o enviado especial da AFP. Israel garante dessa forma a segurança do flanco ocidental de suas tropas, que mais ao sul enfrentam a grande parte o exército egípcio.
Aviação egípcia paralisada

À noite, o primeiro-ministro israelense Levi Eshkol declara em um discurso no Parlamento que todos os combates se desenvolveram no território egípcio e no Sinai. Afirma que Israel provocou severas baixas na aviação egípcia, síria e jordaniana. O desfecho da “Guerra dos Seis Dias” aconteceu no ar nesse primeiro dia. À meia-noite, Tel Aviv anuncia ter neutralizado a aviação egípcia. Cerca de 400 aviões, entre eles 300 egípcios e 50 sírios, foram destruídos no primeiro dia.



FONTE: Revista IstoÉ

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