quarta-feira, 27 de julho de 2016

Última leva de militares chegam nesta quarta para reforçar a segurança no Rio de Janeiro


Por: Redação OD
Na entrada, militares e trancas magnéticas impedem o acesso de pessoas não autorizadas. Segue-se por um corredor até a sala que é considerada o cérebro do maior plano de segurança já montado pelas Forças Armadas no país. Em seu interior, computadores, um grande painel (onde tudo é acompanhado por imagens da cidade geradas em tempo real) e muitos, muitos homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Assim é o Centro de Coordenação Geral de Defesa de Área do Rio, instalado na sede do Comando Militar do Leste (CML), no Palácio Duque de Caxias, no Centro.

É de lá que partirá a ordem que mobilizará, a partir de hoje, todos os 22 mil soldados que atuarão na segurança dos Jogos.No local, ninguém esconde a agitação. Com a chegada, nesta quarta-feira, da última leva de militares convocados de bases de outros estados para atuar na Olimpíada, as Forças Armadas garantem estar prontas para fazer a segurança do maior evento esportivo do mundo. A cidade está recebendo 22 mil soldados, e outros 18 mil se dividem entre as cinco cidades que terão partidas de futebol: São Paulo, Brasília, Salvador, Manaus e Belo Horizonte.

O centro de controle foi ativado no dia 15 de julho e trabalha ininterruptamente. Podemos dizer que, agora, estaremos atuando com força máxima — afirmou o contra-almirante Carlos Chagas, chefe do Estado-Maior Conjunto da Coordenação Geral de Defesa de Área. Além do núcleo que reúne oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, a segurança dos Jogos conta com outros dois centros de coordenação: o de segurança pública, comandado pelo Ministério da Justiça, e o de inteligência, chefiado pela Abin. De acordo com autoridades, há uma permanente troca de informações entre os três, e representantes de outros países que participarão da Olimpíada também colaboram com os trabalhos.
Dos 22 mil homens que atuarão no Rio, pelo menos três mil foram preparados exclusivamente para enfrentar ameaças terroristas. Militares estão reforçando o policiamento de toda a Zona Sul (principalmente em Copacabana e na Lagoa Rodrigo de Freitas), do Maracanã, de Deodoro e da Barra. Também haverá patrulhamento do espaço aéreo e da costa, incluindo a Baía de Guanabara.

Segundo o contra-almirante Carlos Chagas, soldados também ficarão de prontidão em instalações estratégicas, como usinas hidrelétricas, estações de energia elétrica, sítios de antenas de telefonia celular e locais que são fundamentais para a transmissão de imagens e dados dos Jogos. Especialistas em ações contra ataques químicos, biológicos e nuclear fazem parte do efetivo. A estrutura criada pelo Ministério da Defesa para evitar atentados é chamada de Comando Conjunto de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT), e reúne equipes das Forças Armadas que acompanham análises de risco feitas pelo Sistema Brasileiro de Inteligência.
FONTE: O GLOBO

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