sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A missão de Defender da Força Aérea Brasileira está em seu DNA desde a criação do Ministério da Aeronáutica que completa 77 anos


Por: Redação OD

Criado em 20 de janeiro de 1941, o então Ministério da Aeronáutica – gérmen do atual Comando da Aeronáutica (COMAER) – agregou as missões de Controlar, Defender e Integrar o País, ações que até hoje compõem a identidade da Força Aérea Brasileira (FAB), remetendo ao DNA da instituição, criada há 77 anos.

Defender

As histórias da criação do Ministério da Aeronáutica e da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial se confundem. Apenas três anos após o início do conflito entre o Eixo e os Aliados - que foi de 1939 até 1945 - a instituição entrou na guerra, culminando na criação do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCA). Comandado pelo então Major Nero Moura, em 1943, o grupo realizou um treinamento preliminar de sete meses nos Estados Unidos. 


Com a aeronave escolhida, o P-47 Thunderbolt, os brasileiros desembarcaram na Itália em outubro de 1944 e começaram a combater no mês seguinte. Foram mais de 440 missões de guerra. Os militares que constituíam a unidade eram todos voluntários: esse foi o primeiro critério de Nero Moura para a seleção dos combatentes.  O dia 22 de abril do ano seguinte marcou o maior número de missões realizadas em solo italiano por pilotos brasileiros no conflito: foram 44 missões em um só dia e, por isso, é relembrado até hoje como o Dia da Aviação de Caça.  


Um marco relevante na missão de Defender veio na segunda metade da década de 1970, quando o País – por meio da Embraer – fechou uma parceria com a Itália para o desenvolvimento de um caça subsônico ítalo-brasileiro, o AMX. O acordo foi assinado em 1981 e o avião voou pela primeira vez três anos depois, na Itália. No dia 16 de outubro de 1984, o primeiro protótipo brasileiro alçou voo em São José dos Campos (SP) e, após incorporado aos esquadrões da Força Aérea Brasileira (FAB), substituiu os AT-26 Xavante, nas missões de ataque ao solo. Coexistindo com o AMX – aeronave modernizada em 2013 e que na Força Aérea Brasileira também é conhecido como A-1M – outro importante vetor de defesa aérea foi o caça francês Mirage 2000. 


Atualmente, além dos A-1M, as aeronaves responsáveis diretamente na missão precípua de Defender são os A-29 Super Tucano e os F-5M.  De olho no futuro, a Força Aérea se prepara para receber uma nova aeronave de caça – o Gripen NG - em um projeto que envolve a indústria nacional, coordenada pela Embraer, e a empresa sueca Saab, que participam de um abrangente programa de transferência de tecnologia. O futuro caça passará a fazer parte da Força Aérea Brasileira nas missões de Defender o cenário de 22 milhões de quilômetros quadrados – a Dimensão 22.

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